A construtora de pontes: para que a convivência funcione, como a psicóloga Livia Brandão ajuda migrantes e refugiados.

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Livia Brandão veio do Brasil para Berlim. Aqui ela foi vice-diretora de um abrigo para refugiados. Como pode funcionar a convivência? Uma conversa na nossa sequência de reportagens "cinco anos, nós vamos conseguir" ("Wir schaffen das" é uma afirmação feita pela chanceler alemã Angela Merkel durante a crise europeia de migrantes em 2015 de que a Alemanha poderia absorver um número muito grande de imigrantes.)

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Foi esse o título da entrevista comigo no Tagesspiegel de hoje, jornal de grande circulação em toda Alemanha. O convite para a entrevista veio por meio da campanha da Anestia Internacional @amnestydeutschland da qual participei com o tema "salvando vidas", fazendo um apelo às autoridades contra a criminalização da atuação de pessoas que salvam vidas de refugiadxs nas fronteiras da Europa com o mar mediterrâneo. Seja por mar ou por terra, todos os dias pessoas arriscam suas vidas nessa travessia rumo à Europa, numa tentativa desesperada de encontrar paz, em busca do sonho de construir uma nova vida em uma terra sem guerra, fome, exploração e injustiça.

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Quando @amnestydeutschland, na ocasião da campanha, me perguntou o que para mim significa salvar vidas, respondi:

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"Para mim, salvar vidas significa acompanhar as pessoas no despertar e na busca de seu próprio salva-vidas. Sobretudo no caminho da reconexão com sua própria alma e com o sentido da vida. Uma vida com dignidade e acolhimento. E isso só é possível construir em um ambiente de paz."